Caverna, Castelo e Litoral num mesmo dia

Já com um carro alugado, no dia seguinte seguimos para Postojna, uma cidade que tem um parque com a caverna de mesmo nome.

Parece maldição de paulistano, mas pegamos um baita congestionamento na estrada, era sábado e tinha uma porrada de italianos, eslovenos, austríacos e alemães curtindo o fim semana torrando no trânsito. A fronteira desses países é bem próxima. O nosso trajeto era de apenas 60 km, mas fizemos em duas horas.

A caverna é enorme e tem um visual impressionante, parece que você está em outro planeta, bem diferente das cavernas que eu já vi aí no Brasil.

No começo do passeio você pega um trenzinho que vai no maior cacete no meio dos túneis e galerias da caverna, parece uma atração de parques de diversão ou do filme do Indiana Jones. Em certo ponto você tem que saltar do trem e segue a trilha a pé com um guia, são vários níveis dentro da caverna, o passeio dura uma hora e meia, mas o visual é tão impressionante que você nem sente o tempo passar. Lá dentro tembém é bem frio (8 graus), eles aconselham a ir agasalhado. No final você pega o trem para a saída da caverna. Apesar de ser proibido, por conta do flash, tirei algumas fotos. Essa proibição é meio que ignorada pela maioria dos visitantes, as vezes aparece um monitor gritando "no photos" perdido numa multidão de flashs.







Depois da caverna comemos um fast food tipico da região, Ćevapčići, mistura das influências austriascas e do império otomano, o prato consiste numa espécie de pequenos bolinhos de Kafta que acompanham mostarda escura, um molho apimentado, cebola e um pão pita, muito gostoso.
Depois partimos para o Castelo de Predjama, uma fortaleza incrustada na rocha, onde o nobre residente resistiu por muitos anos aos avanços do imperador do Sacro Império estocando mantimentos nas cavernas abaixo do castelo e tirando sarro do Frederico II saqueando suas caravanas, até ser traído por um serviçal. Depois lhes conto a estória completa, para quem interessar.







Depois do castelo fomos até a costa da Eslovênia, na cidade de Piran, em italiano Pirano. Esta cidade faz parte da região da Istria, uma península, que já foi governada pela antiga República de Veneza, e também pelos italianos Há o simbolo do leao de Veneza na prefeitura da cidade. A Istria hoje esté dividida entre a Eslovênia e a Croácia, mas recebe muitos turistas italianos, pela proximidade. Piran é a terra natal do compositor Giuseppe Tartini, que dá nome a praça e Hotel da cidade. Na Istria (tanto na parte eslovena como na croata, tudo é bilingue, (esloveno/italiano ou croata/italiano)), desde o nome das ruas ao nome das atrações turísticas. Além disso, há uma enxurrada de italianos nestas partes, com aquela educação que lhes é peculiar...